por Márcio Machemer
Estamos a bordo.
Finalmente.
É até difícil de
acreditar. Há mais ou menos dois anos , quando esse modelo foi lançado na
Europa, eu acompanhei através da internet e achei o barco muito bonito.
Tanto que coloquei
ele como protetor de tela do meu computador. Toda vez que eu usava o computador
lá estava uma foto dele, bonitão, velejando a todo pano num mar azulzinho.
Mas não passava
disso. Nem imaginávamos que um dia esse barco seria nosso.
A vida deu várias
voltas. Desapegamos de muitas coisas. Assumimos vários riscos.
E hoje escrevo do
salão do Biguá, nosso Lagoon 42 novinho.
Estamos com muito
poucas milhas navegadas até agora. Testamos o barco e à nós mesmos somente
algumas vezes, porque o tempo não tem ajudado muito. Estamos enfrentando o
inverno europeu mais rigoroso dos últimos anos, com vários dias com
temperaturas negativas e até mesmo neve, o que é bem raro no litoral francês.
Nossa navegada mais
longa até agora foi o trecho Les Sables d'Olonne - La Rochelle.
Fizemos praticamente
o trecho todo com vento de proa, com a genoa e um dos motores numa velocidade
média de seis nós em seis horas.
Na saída de Les
Sables o mar não estava grande mas bem mexido e consequentemente bastante
desconfortável. Lembrou um pouco as navegadas da Lagoa dos Patos em dias de
vento forte.
O Biguá, que é um
catamarã, navega de uma forma bem diferente de um veleiro com um casco só. O
fato de não adernar causa uma certa estranheza para quem está acostumado com os
monocascos. O barco não "avisa" que o vento está aumentando com a
adernada. É necessário que se fique atento a outros sinais para não forçar
demais velas e estaiamento, especialmente nas rajadas.
E o balanço também é
bem diferente. Às vezes uma canoa está na onda e a outra não. Às vezes a onda
bate no fundo do barco, entre as canoas, fazendo um barulho diferente. Ainda
temos que acostumar.
As manobras de porto,
como atracar e desatracar, exigem também bastante atenção até que estejamos bem
familiarizados com um barco tão largo: São quase oito metros de
boca.
Além disso o costado é bem alto,deixando o veleiro bem sujeito ao vento lateral durante as manobras. Entretanto, o fato de termos dois motores e eles estarem bem afastados um do outro ajuda bastante a manobrar usando potência assimétrica e acho que quando estivermos bem adaptados a isso, vai ser mais fácil atracar o Biguá do que o Aruna, nosso barco anterior.
Além disso o costado é bem alto,deixando o veleiro bem sujeito ao vento lateral durante as manobras. Entretanto, o fato de termos dois motores e eles estarem bem afastados um do outro ajuda bastante a manobrar usando potência assimétrica e acho que quando estivermos bem adaptados a isso, vai ser mais fácil atracar o Biguá do que o Aruna, nosso barco anterior.
A visibilidade do
posto de pilotagem e mesmo de dentro do salão enquanto se navega é incrível e
acho que um turno de vigia noturno pode ser feito de dentro da cabine quentinha
e seca sem problemas.
Quanto à questão da
habitabilidade e conforto na ancoragem o catamarã é simplesmente imbatível. O
espaço interno, o tamanho das cabines e do cockpit só são possíveis em
monocascos muito maiores.
Então por enquanto é
isso. Estamos muito contentes com nosso barco e todo o dia vamos aprendendo
alguma coisa nova. E torcendo por um calorzinho.
M. Machemer, vc tem o link, site do estaleiro que faz e vende o modleo Biguá (Lagoon boat)?
ResponderExcluirVc pode me envia no meu email privado abaixo. Gostaria de saber e fazer os procedimentos que vc e sua família fizeram para obter essa experiência que eu não tenho, da compra e dos detlahes.
Excluirgiomanetta@gmail.com