Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de maio, 2018

Alimentação a Bordo do Biguá

Resolvi escrever um post falando sobre como é a nossa alimentação e como cozinhamos a bordo. Temos algumas limitações em um veleiro. Apesar do Biguá ser um catamarã, e isso significar mais conforto para cozinhar e espaço para estocar comida, temos que cuidar muito bem para armazenar direitinho os alimentos, cuidar a validade, fazer um inventário de tudo o que temos, cuidar para não termos sobras, evitando assim o desperdício e acúmulo pois as geladeiras são pequenas ! Guardamos os alimentos já higienizados Somos (praticamente) quatro adultos.  E não comemos carne de nenhum tipo, exceto o Marcio que come carnes e derivados. Então, cozinhar em um veleiro, onde a disponibilidade de utensílios é limitada ,  requer criatividade e muita disposição: a gente tem só o essencial ,e o nosso maior luxo é um míxer ( acessório quase indispensável para quem não come carne e derivados e quer ter uma dieta mais balanceada ). Nossos cafés da manhã são bem variados, g

Ah...a Galícia!

Chegamos na Espanha no início de abril , navegando pelo mar Cantábrico. A primeira cidade que conhecemos, Gijón, uma das maiores do principado de Astúrias foi uma agradável surpresa, não só pela beleza natural e pela história do lugar, mas também por suas pessoas, que nos receberam tão bem.   Esse foi nosso primeiro contato (como velejadores) com a Espanha, e não poderia ter sido melhor. Árbol de la "Sidra" - monumento em homenagem à bebida típica da região Pórtico de Gijón Elogio del Horizonte - obra de Eduardo Chilli De lá seguimos para um porto pequeno, na Galícia: Camariñas. A surpresa foi ver o quanto o galego se aproxima do português. Outro lugar com uma natureza incrível e pessoas amáveis. Nos sentimos em casa. Sede do clube náutico em Camariñas Costa de La Muerte - famosa por seus naufrágios Marina em Camariñas - um porto seguro Mas nossa grande paixão foi Muros: Estamos há alguns dias atracados em Muros aguardando vent

Atrás de uma botija de gás

Muitas pessoas  acham que viver a bordo de um veleiro navegando pelo mundo afora é uma vida de sonhos com águas cristalinas, lugares incríveis e drinks no cockpit. Realmente é. Mas não é só isso. Também envolve bastante trabalho e stress. Algumas coisas que em casa não significam nada aqui adquirem uma dimensão diferente. Por exemplo comprar gás. Temos dois botijões de três quilos a bordo. O compartimento do gás é bastante grande e caberiam botijões bem maiores do que esses. Entretanto, quando íamos comprá-los, lá na França, recebemos uma advertência de um velejador: " Comprem os de três quilos. Eles são padronizados em toda Europa e é muito fácil trocá-los". Pois assim o fizemos. Quando chegamos em Porto já estávamos com um deles vazio e decidimos que compraríamos outro cheio no dia seguinte. De manhã cedo saímos bem contentes carregando um liquinho pela marina em direção à loja náutica para comprar mais gás. Nada poderia ser mais simples. Ao entrarmos na loja a expre