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GUADELOUPE - QUERIA TER FICADO MAIS

Autor: Alessandra 

Desde a nossa chegada ao Caribe, sinto que deveríamos estar apaixonados pelos lugares, achando tudo incrível, mas isso não está acontecendo conosco. Não sabemos muito bem porque.
Tinha que ter um lugar para mudar essa sensação de "mais do mesmo ".
E esse lugar foi Guadeloupe.
Les Saintes
Estou escrevendo meses depois de ter saído daqui, depois de ter visto diversos outros lugares, mas esse é um lugar que gostaríamos de visitar outra vez, ficar mais tempo.
A começar pela burocracia: nenhuma!
Guadeloupe é uma ilha Francesa. A entrada no país é feita em uma espécie de lan house/lavanderia, onde a gente usa um computador para colocar as informações e paga pela impressão do papel, algo como U$ 2,00


Carol e Henrique na Lan House/Lavanderia/Customs


A moeda aqui é o Euro. A língua oficial é o Francês, mas falam o Creole também.
Nossa chegada foi em uma ancoragem em frente à Ilet A Cabrit (Ilha das cabritas), uma ilhazinha pertinho da baía Terre de Haut, com água limpa esverdeada, transparente. Aqui existe um cultivo de corais (e a gente nem sabia que dava para plantar coral!)
Fizemos um vídeo falando sobre isso, o link está aqui:
A ilha tem trilhas lindas e fáceis que levam a fortificações e vistas maravilhosas da baía.






Há alguns minutos de dingue chegamos a Les Saintes. Esse nome foi dado por Napoleão pois descobriu a ilha em 1493 no dia de Todos os Santos (Los Santos). Aqui visitamos o forte Napoleão, muito bem conservado, um passeio bonito que pode ser feito a pé ou com as muitas scooters que o pessoal aluga para dar a volta pela ilha. A vista lá do alto do forte é linda também.








O forte Napoleão conta com detalhes toda a história da batalha que aconteceu nesta baía em 1782
Pela estrada e pelas ruas vemos iguanas e lagartos.
Foram poucos dias aqui, menos do que gostaríamos.
Na nossa chegada pegamos uma poita – por aqui se usa o sistema e poitas, afinal, toda a baía é um parque. Então, um pouco depois da nossa chegada recebemos a visita de um “boat boy” oficial, que não nos cobrou nada, apenas entregou um folheto informando como era o funcionamento do parque.
A nossa ancoragem estava cheia, com uma vizinhança simpática e divertida. Minutos depois de pararmos o barco recebemos os vizinhos americanos Kevin e Steph do veleiro “Serendipity”: um casal com 4 filhos pequenos, 2 labradores e ainda recebendo a visita dos pais (todo mundo em um monocasco de 44 pés!). Eles nos deram várias dicas e nos apresentaram outros vizinhos . À noite conversamos e nos divertimos conhecendo os amigos do SV TouRai no happy hour a bordo do SV Saga. Foram eles que nos falaram sobre Pigeon Island.


Seguindo as dicas dos nossos novos amigos, fomos até lá conferir se o mergulho era tudo aquilo mesmo: “Awesome”, “Gorgeous”,”Amazing”, esses americanos são meio exagerados...ou não?

Saímos da nossa ancoragem em Les Saintes  para ir até a tal baía que fica em frente a Pigeon Island,  também conhecida como "Ilha do Jacques Costeau".
Ok, os vizinhos tinham razão. 
Tivemos que fazer um vídeo mostrando tudo isso:
No final, sentimos que ainda teríamos muito a conhecer. 
O arquipélago é muito grande e nós conhecemos só um pedacinho. Mas tínhamos que seguir em frente, nossos planos compreendiam chegar até Turks and Caicos ainda nessa temporada. Nossa próxima parada: Antígua. 
Mas essa fica para o próximo post!

Alguns Valores interessantes:
Poita - 13,00/noite
Coleta de lixo - 1,00/dia
Clearance - 2,00
Lavanderia - 10,00/máquina (lavar e secar)

Comentários

  1. Boa Noite, Meu Nome é Lindomar Marques, adorei seus Vídeos, Assisti os 91 Vídeos
    Muito Bom, A Narrativa é Ótima

    Parabéns!!!!!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Lindomar!
      Que bacana! Obrigado pelas palavras. Ficamos muito felizes por ter você conosco. Abraços da trip Biguá!

      Excluir

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